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O vereador Orlando Pesoti (PDT), realizou na noite desta quarta-feira, 21 de junho, No Plenário da Câmara, reunião para discutir a ocupação da Zona Leste e preservação do Aquífero Guarani.
Compuseram a Mesa os senhores Manuel Eduardo Tavares, Presidente da Associação Cultural e Ecológica Pau Brasil, Ricardo Silva, representando o Deputado Estadual Rafael Silva, José Antonio Lanchoti, representando a Prefeitura Municipal, Marcelo Pereira Souza, Professor da Faculdade de Filosofia e Letras da USP e Paulo Finotti, representante da Soderma (Sociedade de defesa regional do Meio Ambiente). Participaram também os vereadores Adauto Marmita (PR), Jean Coraucci (PDT) e Marcos Papa (Rede).
Lamentando a ausência de representantes do Gaema (Grupo de Atuação Especial do Meio Ambiente), e do Secretário do Meio Ambiente, Otávio Okano, que alegou compromissos anteriormente agendados, Orlando iniciou o debate abrindo espaço para todos membros da Mesa expor dados e opiniões a respeito da preservação da Zona Leste.
“Com o Plano Diretor em breve dando entrada na Câmara, é nesse momento que deve ser discutido o Aquífero Guarani.” disse Ricardo.
Manoel Tavares e Marcelo Pereira, apresentaram dados importantes sobre a recarga e preservação do Aquífero. A opção de utilizar o Rio Pardo como alternativa ao abastecimento de água na cidade foi descartada por ambos. “ O rio Pardo está morrendo, ele tem 10% da água que tinha a 50 anos atrás, secaram as nascentes em consequência do assoreamento e desmatamento. ” alertou Tavares.
Lanchoti expressou a necessidade da atualização e aprovação do Plano Diretor, para que, assim possa ser discutido a Lei de uso e ocupação do solo, a qual terá um capítulo inteiro detalhando as questões relacionadas à Zona Leste.
Com a presença de alguns empresários do ramo imobiliário, a discussão foi intensa. Diversas entidades e munícipes defenderam a preservação da região Leste da cidade, enquanto os representantes de construtoras contradiziam os dados apresentados. No início do debate com a população, os empresários da construção civil se retiraram do plenário, recusando debater a importância do ponto de recarga do Aquífero.
Além da especulação imobiliária, o despejo de lixo que ameaça contaminar a água, o reflorestamento, e o esgoto não tratado, também foram amplamente discutidos.